A MUDANÇA
Que bagunça Santo Deus!
Quanta roupa esparramada
Caixinhas, caixotes, caixas,
Em pilhas amontoadas
O chão está sem tapete,
A cama desarrumada,
A cabeça, nessa hora,
Já está atordoada.
Perfumes, vidros, vidrinhos,
Brigam querendo um lugar
Nem que seja um cantinho
Pra poderem se ajeitar.
Tem vasos por sobre a mesa
E no beiral da janela.
No meio dessa bagunça
Não sobrou lugar pra ela.
Santo Deus, o mundo é grande,
O coração é maior.
Se for pra mudar, que mude,
Mas que seja pra melhor
Depois de tantas mudanças
Só não muda o sentimento
Que já não sabe o que quer
E atrapalha o pensamento
Se quisesse jogar fora
O que está a atrapalhar
Ia ver admirada
O quão pouco ia sobrar
MELINDA