51-DESABAFO- MELINDA

                                   GRATIDÃO

                                           

Não espero a gratidão,

Posto que ela não existe.

És grato á Deus e a teus pais?

Se pensares na verdade,

Toda a vez que agradeces

A intensão é pedir mais.

 

 

Não me agradeças pois.

Se faço, é por que quero.

Na escola fundamental

Onde impera a honestidade,

A virtude é modesta

E a indolência é um mal.

Nessa escola me formei

Sem esperar gratidão.

Mas de quem eu estimava

Ver tamanha falsidade,

Deixou-me triste, confesso,

Por essa eu não esperava!

Mas, sabendo que é de Sol o meu dia,

Esqueci a dor, vesti-me de alegria.

Porque mudar o mundo é utopia!

Só fiz o bem á quem não merecia!

Só os covardes têm as mãos vazias!

E a mim me cabe por hierarquia,

Ser a rainha desta confraria!

 

 

                                   

 

 

 

 

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                                                         Viva Vívida!!! - Masaharu Taniguchi

 

"Quem disse que sou um coverde sucumbindo ante as dificuldades?

Quem disse que sou um corpo feito de alimentos?

A Vida não é figura de cera, não é figura de gesso.

Eu sou ciclone, sou furacão, sou redemoinho.

Eu transformo o ambiente como se dobresse um arame no aspecto que eu desejo.

Eu sou uno com a poderosa força que criou o Universo.

Eu sou a própria energia que da aTmosfera faz o relâmpago, que transforma os raios solares em arco-íris, que faz eclodir no nego solo as rubras flores, que faz explidor os vulcões e que criou o sistema solar a partir da nebulosa.

Que é o ambiente, que é o destino?

Na hora exata, quando eu quiser, eu me liberto do mais triste destino como peixe que se esgueira pelas fendas.

Não sou ferro.

Não sou argila, Sou Vida.

Sou energia viva.

Não sou matéria inerte moldado pela situação ou pelo destino.

Eu sou como o ar: quanto mais comprimido for, mais força manifesto, tal como a bomba explode a rocha.

Eu sou a Vida que, no momento certo rompe impetuosamente a situação ou o destino.

Sou também como a água: nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um grande oceano.

Se barrarem a minha passagem colocando grandes pedras no meu leito, converte-me-ei em torrente, cachoeira, e saltarei impetuosamente.

Se me fecharem todas as raízes, eu me infiltrarei no subsolo.

Permacerei oculto por algum tempo, mas não tardarei a reaparecer.

Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas, para saciar deliciosamente a sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar no solo eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.

E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos e trovões, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano."

(Do poema Viva Vívida - Masaharu Taniguchi)

                                 

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